Após entrar em desuso nas últimas décadas, os dirigíveis podem ser uma velha novidade nos céus brasileiros. Algumas empresas têm estudado a possibilidade de usar essas aeronaves no transporte de cargas na Amazônia. O dirigível pode ser uma solução de logística frente aos problemas estruturais de transporte na região.
Apesar de não voarem a uma velocidade muito alta e ter um custo elevado, alguns contratos já foram fechados. A empresa brasileira Airship vai produzir dirigíveis para a Eletronorte utilizar no transporte de funcionários e cargas de equipamentos e torres de transmissão.
A principal vantagem dos dirigíveis é no transporte de produtos com alto valor agregado e volume. Um avião de carga que leva computadores, por exemplo, acaba transportando uma carga inferior à sua capacidade por limitações de espaço. Outra vantagem é que os dirigíveis não necessitam de pistas de pouso, o que facilita a chegada em áreas isoladas.
Os modelos atuais são movidos a gás hélio, que não é inflamável, ao contrário dos antigos que utilizavam hidrogênio. O modelo ABD-3, que será usado no Norte, voa em altitudes de até 500 metros, podendo atingir 120 km/h com capacidade de transporte de 30 toneladas.
Essas aeronaves medem 130 metros de comprimento e 35 de diâmetro. Para efeito de comparação, um Boeing 747-8 é menor, com 76,4 metros de comprimento, mas voa mais rápido (913 km/h) e suporta até 135 toneladas de carga.
Ainda há a previsão de que essas aeronaves sejam usadas na carga de grãos e no monitoramento de fronteiras.
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